domingo, 13 de outubro de 2013

Análise Grão à Grão: Native por OneRepublic.


Estava para escrever esse artigo desde o início do ano, quando no lançamento do álbum. Entretanto, não me vendo motivado, deixei a idéia de lado em detrimento de outras que se faziam mais urgentes. Mas agora chegou a hora. Eu não poderia terminar 2013 sem fazer um comentário, breve que seja, sobre o mais novo álbum do OneRepublic.
Nós fãs estávamos esperando esse disco há um bom tempo (3 anos, para ser mais preciso), e eis que ele chegou o Native, diferente de tudo o que o grupo já tinha feito nos seus dois álbuns anteriores. No início do ano passado, o vocalista Ryan Tender comentou que a banda estava trabalhando naquele que seria o melhor disco de sua carreira, o que fez a expectativa aumentar exponencialmente.

Então, na primavera de 2012, o tão esperando disco foi lançado e trouxe uma linha do OneRepublic que ainda não conhecíamos. Valendo-se de artifícios mais tecnhos, a música do grupo perdeu um pouco do seu característico pop-rock, tornando-se, essencialmente, pop com tendência ao folk (ao melhor estilo Florence and the Machine, como se pode notar em Feel Again, primeiro single do Native). Os tambores –fator marcante no CD – que rementem à sonoridade das tribos africanas (acredito que daí um dos aspectos “nativos” do disco) associados ao pop-folk e aos elementos tecnhos trouxeram para o trabalho uma aura mágica que, até então, eu só tinha percebido em uma música do OneRepublic – Waking Up, faixa homônima ao álbum anterior deles.
A primeira vez que ouvi o disco completo, fiquei perdido de amores por Burning Bridges. Lembro-me de que não conseguia deixar as músicas passarem, pois eu voltava sempre para essa faixa. A explicação para isso é simples. Além da melodia da música ser cativante, da letra ser linda, (de conter guisos no fundo do instrumental, quase imperceptíveis *.* algo que muito me agrada) os vocais do Ryan são, de fato, apaixonantes. Incrível como tudo o que ele empresta essa doce voz que possui fica deslumbrante...a perfeição dos agudos e dos falsetes (ahhh, o falsete do Ryan *suspira*). Burning Brigdes te faz viajar para o interior da música, e você se pega pensando em todas as coisas e nada ao mesmo tempo. Ela enche e esvazia a sua cabeça, concomitante.
Outra característica nova que a banda investiu no Native são as segundas vozes, quase sempre em coro, vide If I Lose Myself – segundo single escolhido e, na minha opinião, uma da melhores canções do grupo. Além de contar uma melodia enérgica, de batidas persistentes e um refrão chiclete, a música acompanha a essência mágica central do álbum, e, ao ouvi-la, você imediatamente se lembra da vida selvagem, de campos verdes, do céu azulzinho, e dá uma vontade louca de abraçar a vida com todas as forças que se tem. O final dela é o mais incrível, quando as vozes se unem em coro e o Ryan mostra parte do muito o que sabe fazer com a sua voz.
Outras faixas merecem destaque, como é o caso de Couting Stars – que abre o disco e mostra que a banda não está para brincadeira, já deixando claro se tratar de um trabalho completamente diferente dos anteriores; Au Revoir, que é mais sinfônica, com direito a cellos e piano, e – na minha opinião – a mais mágica do álbum, correndo o risco de você se esquecer do mundo enquanto a ouve; e Preacher é outra canção que tem seu lugar de destaque no trabalho.

Embora o Ryan tenha dito que eles estavam trabalhando naquele que seria o melhor disco da banda, o meu favoritismo ainda é de Waking Up, álbum anterior do OneRepublic. Entretanto, Native, de longe, é fantástico, com todas as suas peculiaridades, letras sempre substanciais e significativas, e uma sonoridade ímpar. Sem dúvidas, ouvi-lo do início ao fim pode te tornar uma pessoa melhor! Hehehhehe.
Tiago.

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