Estava
para escrever esse artigo desde o início do ano, quando no lançamento do álbum.
Entretanto, não me vendo motivado, deixei a idéia de lado em detrimento de
outras que se faziam mais urgentes. Mas agora chegou a hora. Eu não poderia
terminar 2013 sem fazer um comentário, breve que seja, sobre o mais novo álbum
do OneRepublic.
Nós
fãs estávamos esperando esse disco há um bom tempo (3 anos, para ser mais
preciso), e eis que ele chegou o Native, diferente de tudo o que o grupo já
tinha feito nos seus dois álbuns anteriores. No início do ano passado, o
vocalista Ryan Tender comentou que a banda estava trabalhando naquele que seria
o melhor disco de sua carreira, o que fez a expectativa aumentar
exponencialmente.
Então,
na primavera de 2012, o tão esperando disco foi lançado e trouxe uma linha do
OneRepublic que ainda não conhecíamos. Valendo-se de artifícios mais tecnhos, a
música do grupo perdeu um pouco do seu característico pop-rock, tornando-se,
essencialmente, pop com tendência ao folk (ao melhor estilo Florence and the
Machine, como se pode notar em Feel Again, primeiro single do Native). Os
tambores –fator marcante no CD – que rementem à sonoridade das tribos africanas
(acredito que daí um dos aspectos “nativos” do disco) associados ao pop-folk e
aos elementos tecnhos trouxeram para o trabalho uma aura mágica que, até então,
eu só tinha percebido em uma música do OneRepublic – Waking Up, faixa homônima
ao álbum anterior deles.
A
primeira vez que ouvi o disco completo, fiquei perdido de amores por Burning Bridges. Lembro-me de que não conseguia deixar as músicas passarem, pois eu
voltava sempre para essa faixa. A explicação para isso é simples. Além da
melodia da música ser cativante, da letra ser linda, (de conter guisos no fundo
do instrumental, quase imperceptíveis *.* algo que muito me agrada) os vocais
do Ryan são, de fato, apaixonantes. Incrível como tudo o que ele empresta essa
doce voz que possui fica deslumbrante...a perfeição dos agudos e dos falsetes
(ahhh, o falsete do Ryan *suspira*). Burning Brigdes te faz viajar para o
interior da música, e você se pega pensando em todas as coisas e nada ao mesmo
tempo. Ela enche e esvazia a sua cabeça, concomitante.
Outra
característica nova que a banda investiu no Native são as segundas vozes, quase
sempre em coro, vide If I Lose Myself – segundo single escolhido e, na minha
opinião, uma da melhores canções do grupo. Além de contar uma melodia enérgica,
de batidas persistentes e um refrão chiclete, a música acompanha a essência
mágica central do álbum, e, ao ouvi-la, você imediatamente se lembra da vida
selvagem, de campos verdes, do céu azulzinho, e dá uma vontade louca de abraçar
a vida com todas as forças que se tem. O final dela é o mais incrível, quando
as vozes se unem em coro e o Ryan mostra parte do muito o que sabe fazer com a
sua voz.
Outras
faixas merecem destaque, como é o caso de Couting Stars – que abre o disco e
mostra que a banda não está para brincadeira, já deixando
claro se tratar de um trabalho completamente diferente dos anteriores; Au Revoir, que é mais sinfônica, com direito a cellos e piano, e – na minha
opinião – a mais mágica do álbum, correndo o risco de você se esquecer do mundo
enquanto a ouve; e Preacher é outra canção que tem seu lugar de destaque no
trabalho.
Embora
o Ryan tenha dito que eles estavam trabalhando naquele que seria o melhor disco
da banda, o meu favoritismo ainda é de Waking Up, álbum anterior do
OneRepublic. Entretanto, Native, de longe, é fantástico, com todas as suas
peculiaridades, letras sempre substanciais e significativas, e uma sonoridade
ímpar. Sem dúvidas, ouvi-lo do início ao fim pode te tornar uma pessoa melhor!
Hehehhehe.
Tiago.
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